O cheiro impelia-nos a subir, o nosso pequeno almoço já estava pronto pelos simpáticos Kitty e Rhalf. Falavam impecavelmente inglês e apesar de já termos um roteiro delineado, deram-nos muitas dicas e conselhos sobre a cidade, e acabámos mesmo por seguir alguns.
O pequeno almoço, era muito variado, tudo fresquíssimo e delicioso, e nesse mesmo momento soubemos que tínhamos feito a escolha certa 🙂
Seguimos já de barriguinha cheia para o centro de tram, bem prático e rápido, para o nosso primeiro destino do dia, o…
Albert Cuyp Market
Felizmente o temporal do dia anterior tinha dado tréguas, dando lugar a uma chuvinha molha tolos, nada que incomodasse!
O famoso Albert Cuyp Markt, já existente desde o início do séc. XIX é um mercado ao ar livre, com o comprimento de uma rua enorme, repleta de bancas de comes e bebes, roupa, artesanato, peixe fresco, flores frescas, etc. Deu para sentir um pouco as cores e cheiros da cidade, principalmente dos seus famosos queijos 🙂
Quando a afluência ao mercado começou a aumentar, chegava a nossa hora de partir para a …
Heineken Experience
Quando preparámos a nossa viagem, não destinámos como prioridade a visita a museus, apesar da grande quantidade e diversidade existente na cidade.
A escolha pelo museu da Heineken deveu-se antes de mais ao facto de sermos uns apaixonados por cerveja e pelo facto de ser um museu conhecido pela sua grande interactividade.
A localização do museu é exactamente na primeira cervejaria construída pela Heineken mesmo no centro de Amesterdão, que em 1988 foi encerrada porque já não conseguia dar resposta a tanta procura e foi, mais tarde, transformada neste museu 🙂
Como chegámos cedo não havia fila, pusemos a pulseirinha verde e here we go! Ao início parece que entramos num antigo pub onde nos é contado a origem da marca e o seu crescimento e expansão por todo o mundo.
Achámos incrível a evolução da forma e imagem das garrafas e do logótipo, bem como a evolução do marketing da cerveja. Ficámos a saber que até a inclinação das letras “E” da heineken têm um propósito, que é dar a sensação que se estão a rir 🙂
Antes de entrarmos na fábrica propriamente dita é-nos explicado o processo de fabricação e os seus elementos / ingredientes: água / cevada / lupo / levedura. Todo este processo demora cerca de um mês.
Entrando na fábrica encontramos os tanques originais, lindos e enormes, onde a água era misturada com a cevada (podemos mexer e provar esta mistura ) e depois pelos tubos era levada para outros tanques na parte inferior onde era adicionado o lupo e depois finalmente a levedura especial de corrida da heineken, chamada por “A” yest, que dizem que é onde a magia acontece, libertando aquele sabor frutuoso tão singular da marca.
Depois de brincarmos um pouco no papel de cervejeiros, subimos e entrámos numa sala 3D e subimos para uma plataforma, qual garrafas, e seguimos todo o processo até ao engarrafamento, foi muito giro 🙂
Após tanto conhecimento chegou o momento mais aguardado: o degustamento. Numa sala, tendo como mesa de bar a enorme estrela vermelha, onde nos é explicado como deve ser tirada uma imperial perfeita, e após um cheers em holandês, bebemos uma imperial que nos soube pela vida, provavelmente porque estávamos a beber na fábrica e em Amesterdão ou provavelmente porque estava mesmo espectacular 🙂
O espaço seguinte é o espaço mais interactivo do museu, aprendes a tirar uma imperial perfeita num simulador, dás uns chutos na bola e, o que gostámos mais, andas numa bicicleta como uma grade de minis heinekens, cantando em karaoke uma famosa música tradicional Holandesa (Tupen Uit Amsterdam) cujo vídeo é enviado para o nosso mail para mais tarde recordar 🙂
Finaliza-se a visita com mais uma cervejinha e assim passámos umas muito agradáveis duas horas 🙂
Seguimos a pé, arriscando a nossa vida por entre as milhares de bicicletas em Amesterdão até à Museumplein, a praça onde estão os museus mais famosos da cidade, o Rijksmuseum, o Van Gogh p.ex. e onde se encontra as famosas letras I Am Amsterdam e onde dei um enorme tralho do cimo de um “A”. A idade não perdoa 🙂
Next stop:
Brouwerij ‘t ij
A fome já apertava e fomos petiscar qualquer coisa numa cervejaria local, num moinho muito giro e com muito charme!
Infelizmente o tempo não convidava e não conseguimos ficar a esplanar cá fora e lá dentro nem um lugar sentado. Estava repleto na sua quase maioria por locais, a descontrair um pouco 🙂
Acabámos por ficar mesmo em pé, onde estivemos alegremente na conversa com um casal de turistas brasileiros, enquanto degustávamos as cervejas da casa e uma espécie de enchidos crús!
Apanhámos novamente o tram, desta vez para o centro, mais concretamente para a Dam square, ponto de encontro da nossa
Free Walking Tour
Já sabem que sempre que podemos gostamos de fazer uma tour guiada, é uma forma barata de conhecer um pouco mais a cidade, a sua história e curiosidades, que de outra forma era difícil virmos a conhecer.
Como quase todos os holandeses, o nosso guia tinha um inglês perfeito e um humor constante e mordaz, e com uma cultura espectacular.
Começámos então a tour na Dam Square, junto ao National Monument, um enorme pilar em memória aos mortos e acontecimentos trágicos ocorridos na 2ª Guerra Mundial.
Seguimos pela Condomerie, a 1º loja de preservativos de todo o mundo, de todas as cores, formas e feitios e continuámos até ao quartier putain onde se destaca a sua imponente igreja Oude Kerk no famoso Red Light District, e aqui por razões óbvias não pudemos fotografar.
Aqui falou-nos um bocadinho da velha história de Amesterdão e da prostituição desde tempo idos, não fosse a cidade um dos mais importantes portos Europeus e, consequentemente, ponto de encontro de marinheiros. E também nos falou da sua legalização, de quem são hoje aquelas mulheres atrás das montras, o que pagam de renda, o que pagam em média os clientes, das condições de higiene e segurança, no fundo, dos seus direitos e deveres. Contou-nos também uma curiosidade engraçada, que dependente da cor da luz fluorescente em cima da montra, muda o que o cliente poderá encontrar, trans por exemplo são azuis e não vermelhas 🙂
Em Amesterdão a mente e os espíritos são abertos, rapidamente nos apercebemos disso e nos adaptamos a esta nova realidade!
Ficámos a saber entre muitas curiosidades a possível origem e história do brasão da cidade e não tem nada a ver com nenhum filme para adultos 🙂Remete-nos para 3 catástrofes que se abateram sobre Amesterdão, uma grande inundação (água), um grande incêndio (fogo) e peste negra (doenças).
Enquanto caminhávamos pelos lindíssimos canais de Amesterdão, o guia ia-nos alertando para a arquitectura das casas, estreitas, altas e que se inclinavam sobre os canais e é realmente incrível! Estreitas e altas por uma questão do elevado preço e para aproveitar em altitude os espaços exíguos das divisões e inclinados para facilitar as mudanças, com os seus sistemas de roldanas 🙂
Ficámos também a saber que o nome da cidade deriva do rio Amstel que banha Amesterdão e o Dam do dique que protege a cidade contra inundações. É preciso lembrar que a cidade se encontra 2 metros abaixo do nível do mar!
Este foi talvez o walking tour que mais gostámos de fazer e do qual mais informação retivemos, com as histórias mais ricas e interessantes. O facto do inglês do guia ser excelente também ajudou 🙂
Finda a tour fomos passear um pouco sem rumo por Amesterdão. Fomos até à imponente estação central, pela biblioteca e conservatório nacional e museu da ciência nemo. A noite caiu e deu à cidade uma diferente beleza, um pouco ainda de mais charme 🙂
Finalizámos o nosso 1º dia no…
Sex Museum
Como estava aberto e era barato, resolvemos entrar. Não podemos considerar exactamente um museu e não sei se o seu acervo merece uma visita mas o que é facto é que deu para nos divertirmos um pouco e as fotos ao bom espírito de Amesterdão não são censuradas 🙂
O dia tinha começado cedo, já estávamos a fraquejar, estava bem fresquinho e só pensávamos no quentinho do nosso quarto 🙂
Amanhã seria o dia de visitarmos, e logo no dia de abertura, o famoso parque das túlipas Keukenhof e conhecer um vilarejo perto de Amesterdão famoso pelos seus moinhos de vento…
Para ler o 2º dia, clique aqui.