4 Islands

Escrevo estas pequenas linhas numa das inúmeras praias paradisíacas (que imagino que sejam muitas na Tailândia) para vos contar um pouco do nosso segundo dia em Railay Beach, mais exatamente da nossa excursão às quatro ilhas.
Depois de uma tarde chuvosa no dia anterior, acordámos bem cedo (como sempre), na expectativa de um dia mais soalheiro e o São Pedro Tailandês ouviu as nossas preces.

 

 

 

Depois do pequeno almoço muito nutritivo e sustante (poderia até dizer que foi um almoço) fomos passear um pouco pela incrível praia de West Railay Beach e, aproveitando a maré baixa, conhecer também a praia ao lado. Após o jogging matinal, vá caminhada, fomos saber preços para um passeio de long tail privativo para as Hong Islands. No entanto, como estava vento e o mar estava agitado, recomendaram-nos antes fazer as 4 Islands, que tinhamos previsto fazer depois.
Depois de alguma negociação a nível de preços tendo como quadro a areia, isto é, ele escrevia os números na areia, eu escrevia outros (o Inglês deles é terrível), lá chegámos a uma base de entendimento e seguimos para a aventura. Nem imaginávamos as emoções fortes que nos estavam guardadas nos próximos minutos.
Saímos, então, no long tail rumo às ilhas, no entanto as ondas eram tantas e tão altas e como estávamos a ir contra elas parecia que estávamos numa montanha russa. No fundo estávamos numa parque de diversões sem ter pago bilhete.
A Marta diz que gritou duas vezes durante a viagem mas tenho de dizer a bem da verdade, foram bem mais e houve alturas que o barco parecia que se ia partir em dois. Era realmente assustador!

Eu estava estranhamente calmo e o meu receio de enjoar, como acontece habitualmente, não se concretizou. Ao aproximarmo-nos das ilhas a coisa acalmou e deu para respirar fundo.
Chegamos fresquinhos como uma alface (estávamos completamente encharcados) e a Marta chegou um pouco lívida, mas se fosse fácil chegar ao paraíso, não era para nós. 😊
Chegámos à primeira ilha – Tup Island – onde um trilho de areia entre o mar nos permitia caminhar até ao outro lado. Ficamos desde lado da ilha, uma parte mais calma e exclusiva, onde deu para relaxar depois da atribulada viagem.
Regressamos por este mesmo banco de areia, mas agora a maré estava muito mais cheia, o que deu para fazer uma sessão de hidroginástica forçada.
Deste lado ainda demos mais uns mergulhos para recuperar do intenso exercício e seguimos de long tail, e agora sem qualquer ondulação, para a Chicken Island, uma ilha que tal como o nome indica tem o formato de uma galinha (a Marta diria antes ostrich island, ie, mais em formato de avestruz).
Ao largo da ilha fizemos o mais espectacular snorkeling até agora, com uma quantidade imensa de peixes, onde deu para reconhecer algumas espécies do Finding Nemo 😀.
A parte má é que a máquina aquática deu sinais de falecimento. No entanto, estamos certos que esta memória não será fácil de esquecer, com tantos peixes a virem contra nós e olhando-nos olhos nos olhos junto aos óculos, foi realmente fantástico! Nadámos para a costa e ali ficámos na praia a dar uns mergulhos com a galinha como pano de fundo.

Continuámos ao largo da Mor Island e seguimos para a nossa última paragem do dia: a Poda Island.

Vimos para onde as pessoas se dirigiram, para uma zona com o letreiro Poda Island e um rochedo enorme daqueles típicos das praias da Tailândia (podemos mesmo denominar de Calhau Tailandês) e fomos exactamente para o lado oposto até ao fundo da ilha, um verdadeiro paraíso, onde só nós e outro casal se encontrava.

Ali estivemos cerca de uma hora naquela água morninha e com aquela paisagem idílica desejando que o tempo parasse.
Incrível como aqueles primeiros 15/20 minutos atribulados para chegar à primeira ilha pareceram tão longos e intermináveis, e depois as restantes quatro horas passadas nas ilhas passaram num sopro!
Regressámos à nossa Railay Beach, onde praiámos o resto da tarde até ao sol se pôr.