2º Dia

Abrimos os cortinados e um sol radiante nos dava os bons dias, ninguém diria que tinha chovido a noite inteira! Tínhamos uma paisagem do apartamento muito agradável sob o Jardim Antero de Quental, jardim que homenageia o grande poeta da geração de 70 nascido em Ponta Delgada.

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Após termos tomado um pequeno almoço bem sustante na nossa kitchnet dirigimo-nos para Vila Franca do Campo para apanharmos o 1º barco que nos iria levar para o Ilhéu. Uma vez que chegámos com bastante antecedência, como é nosso timbre, subimos ao cimo da Vila para lá bem no seu topo visitar a lindíssima Ermida de Santo Amaro de Vila Franca do Campo com uma vista fantástica sobre a vila e o ilhéu.

Aproximava-se a hora do nosso barco e lá fomos nós comprar o bilhete para apanhar o Cruzeiro do Ilhéu que demorou cerca de 10 minutos a chegar ao “ Anel de Princesa”. Está classificado como reserva natural, sendo uma área protegida e está limitado a visitas até 400 pessoas/dia.

Sendo nós os primeiros visitantes do dia a sensação foi fantástica por estarmos dentro de um vulcão com um diâmetro circular quase perfeito.

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Munidos dos nossos equipamentos de snorkeling andámos entretidos a ver os peixinhos e peixões na sua piscina natural de águas translúcidas, inclusive também fora do ilhéu, em pleno Oceano 🙂

IMG_8931Aquele cenário idílico tinha sido palco há menos de duas semanas do espectacular Red Bull Cliff Diving e a escarpa de onde os nadadores saltam é simplesmente de cortar a respiração.

Passámos no ilhéu cerca de 3 horas e sentimos uma paz e tranquilidade difícil de explicar, encontrávamo-nos numa espécie de realidade paralela.

Regressámos novamente de barco até à costa e despedimo-nos da vila com as famosas e deliciosas queijadas 🙂

 

Próxima paragem: Lagoa do Congro. Deixámos o carro no cimo do vale e fomos descendo calmamente pelo meio de uma floresta encantada, onde uma vegetação de um verde vivo nos abraçava. É uma caminhada de cerca de 20 minutos bastante fácil de fazer, para no final nos deparamos com uma lagoa lindíssima com uma vegetação circundante singular. Um passeio único e obrigatório este da Lagoa do Congro, ainda em estado selvagem e virgem, que iremos certamente repetir quando regressarmos, um dia, à ilha a 4 🙂

11904709_940464362681522_2122958908044200946_nDe coração cheio seguimos até à Lagoa do Fogo (quiçá a mais bonita), onde um nevoeiro denso nos dificultava o avistamento. Passámos pela Caldeira Velha que teria a nossa visita no dia seguinte e chegámos ao nosso próximo destino, a cascata do Salto do Cabrito que tem uma belíssima queda de água com cerca de 40 metros de altura. Água esta que tinha tanto de cristalina como de gelada, eu sou testemunha! 🙂

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O acesso para chegar à cascata não é muito fácil e a Marta deu-me o privilégio de ir sozinho para baixo da cascata… Este é mais um local espectacular a não perder pois esta cascata encontra-se encaixada na natureza no seu estado mais puro.

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Próximo destino seria a Ribeira Grande cujo centro tem um jardim lindíssimo e muito bem cuidado, tendo como pano de fundo a Ponte dos Oito Arcos. Passámos por Rabo de Peixe, considerado o local mais pobre do país, mas também é onde podemos encontrar espectaculares murais de Vhils retratando pescadores locais.

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Fomos, depois, visitar a Fábrica de Chá Gorreana, onde nos foi oferecido um chá quente ou frio e uma visita pela fábrica e campos de chá. Ficámos a saber que a Gorreana é a mais antiga e actualmente a única plantação de chá da Europa e 100% orgânico, sem quaisquer químicos. O cheiro do chá e das flores que circundavam a Fábrica fazem deste local o sítio ideal para um lanche tranquilo.

O nosso longo dia estava a chegar ao fim e fomos a casa para tomar uma refrescante banhoca e trocar de roupa para, de seguida, nos dirigirmos para um restaurante recomendado pelo nosso hostess. O restaurante Café do Cais localiza-se a norte da ilha, na vila pitoresca de Capelas. Esta foi um importante centro de caça ao cachalote funcionando no seu pequeno porto uma armação baleeira. Em homenagem aos baleeiros encontra-se um monumento bem no centro da vila.

DSCF0304Este restaurante é um dos segredos mais bem guardados da Ilha, uma tasca típica, simples e muito bem decorada, uma espécie de restaurante de pescadores com várias alusões aos antigos baleeiros. Começámos logo bem quando vimos que a nossa mesa tinha sido erradamente reservada em nome de Marco, o que nos pôs logo bem dispostos! 🙂 Para começar o nosso repasto escolhemos uma entrada mista regada com a incrível imperial Especial Abreu, que custava apenas 1€ a caneca. E como prato principal uma enorme mista de peixe com muita frutinha. Ficámos tão cheios que já não conseguimos ir à sobremesa. O dono do restaurante, o chef Eleutério é um tipo espectacular, super simpático e atencioso que esteve muitos anos emigrado no Canadá mas o chamamento desta ilha maravilhosa foi mais forte! Estando nós fãs da cerveja decidimos cravar-lhe um copinho para a nossa colecção (para mais tarde recordar), ao que nos respondeu que dar-nos-ia com todo o gosto quando lá voltássemos. Ficou logo prometido que lá regressaríamos já que adorámos o restaurante. Bom, barato, muito típico e com muita simpatia. 🙂

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Para ler sobre o 3º dia clique aqui. 😉