A Suíça apesar de ser claramente um país Europeu tem diversas curiosidades que os distinguem dos seus vizinhos.
No último folhetim terminámos falando do seu mais popular refrigerante Rivella, feito à base de soro de leite, o que é no mínimo diferente 🙂
Na noite anterior, quando chegámos a casa da Xana e do Ricardo, vimos in loco outro facto curioso da Suíça, os abrigos nucleares. Nas caves das casas ou prédios encontramos estes abrigos que são obrigatórios e que permitem, em caso de calamidade, poder sobreviver em segurança. É o único país do mundo que conseguiria abrigar nos seus bunkers toda a população do país. Isto, para nós Portugueses, com a nossa mentalidade de visão muito curta, é completamente surreal!
Com uma porta grossa blindada parece que estamos a entrar num cofre forte, com um sistema próprio de ventilação, filtro contra gases, madeira para montar camas, impressionante!
Começámos o dia verificando o sistema de separação de lixo, ali todos os resíduos são efectivamente classificados e separados, tendo cada morador um cartão para pesar todo o lixo doméstico que não pode ser reciclado e paga um valor pelo mesmo. O pensamento ecológico na Suiça é realmente colocado em prática.
O nosso 4º dia ia começar pela capital do país. Cantarolando as músicas do grande José Cid, rapidamente chegámos a
Berna
Uma cidade claramente citadina, onde a primeira coisa em que reparámos foi na cor cinzentona dos edifícios, todos iguais, que nos fez lembrar um pouco a Alemanha.
Apesar de estarmos na capital, não sentimos aquela agitação, confusão, barulho e trânsito de uma capital dita normal de um país Europeu.
Dirigimo-nos, quiçá, para o spot mais bonito da cidade, junto ao rio Aar e onde fomos espreitar um dos pontos turísticos que representa esta cidade.
Numa encosta, encontramos o parque dos ursos que recria, o mais possível, o seu habitat natural, onde podemos ver o símbolo e brazão da cidade. Lá encontrámos, então, uns enormes e lindos ursos, que para nossa sorte tinham acabado de acordar 🙂
Este rio azul/esverdeado que nasce nos Alpes, na altura do Verão é palco de um “desporto” muito sui generis. Os locais saltam para o rio e deixam-se levar pela corrente e posso dizer-vos que a corrente não é propriamente meiguinha. Quem tiver curiosidade pode ver no youtube que vale a pena.
Seguimos a pé para a zona da Cidade Velha, pintada com as suas dezenas de coloridas bandeiras, que dão vida aos cinzentos edifícios 🙂
Ao contrário do que aconteceu em Praga, aqui vimos o famoso Zytglogge, uma torre com um lindíssimo e enorme relógio astrológico que funciona e não falha, apesar de já ter soprado mais de 600 velas!
Outra curiosidade da cidade, impossível de deixar de reparar, são as suas fontes e estátuas, que retratam situações históricas locais.
Continuámos o passeio para a Praça onde se encontra a Câmara Municipal, a Assembleia Federal com a sua fachada imponente a fazer-nos lembrar uma vez mais a Alemanha e, por fim, a Catedral da cidade.
A fome já estava a dar sinais e fomos em direcção de Interlaken para
Spiez
Nesta bela e exclusiva localidade fizemos o nosso almoço/piquenique de Páscoa ao lado do seu castelo medieval, com uma incrível vista para o Lago Thunersee e para os Alpes.
Além das paisagens deslumbrantes, Spiez também é famosa pela sua festa do vinho, com corridas no meio das vinhas, desfiles de rua, etc. Quem passar por lá em Setembro conte-nos como foi! Vimos as suas vinhas com vista para o lago, apenas não provámos o néctar dos deuses 🙂
O tempo nublado fez-nos mudar de planos e não continuámos rumo ao Lago seguinte. seguimos então para
Murten
Junto ao lago com o mesmo nome encontrámos esta pequena e charmosa cidade medieval. Depois de passear pelas suas ruelas, desaguámos à beira do lago onde os locais aproveitam para praticar alguns desportos ou apenas para passear como nós.
Uma coisa que achámos incrível nos Suíços é o seu gosto pela natureza, ar livre e exercício físico, independentemente das condições atmosféricas.
O nosso dia estava quase a chegar ao fim e fomos caminhando para casa rumo a
Payerne
Um pequeno e simpático vilarejo, muito limpo e cuidado à imagem de todo o país.
Antes do jantar ainda fomos ver os campos com as vaquinhas e bezerros, que são um dos cartões postal do país.
O entusiasmo foi tanto a tirar fotos às lindíssimas criaturas que fiquei electrizado, literalmente! O Ricardo já me tinha alertado que aqueles arames nos campos não eram apenas decorativos, tinham corrente eléctrica precisamente para as vaquinhas não se “perderem”.
Posso atestar que é um excelente substituto ao café para quem se tiver a sentir sonolento… Certamente que nunca mais me vou esquecer daquele puxão voltaico e não cometerei mais o mesmo erro 🙂
Acabámos a noite em grande, comendo pela 1ª vez raclette, outro prato típico Suiço e adorámos! Regado com uma pinga vinda directamente dos vizinhos Franceses da famosa região da Alsácia. Estes quatro dias passaram a correr, muito conhecemos deste fantástico país e outro tanto ficou por conhecer 🙂
Tempo de fazer as malas, amanhã já estaríamos de abalada, no entanto ainda teríamos tempo de conhecer mais duas cidades 🙂
Até amanhã!
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