Conforme já referimos e não nos cansamos de repetir a Malásia foi a maior surpresa e também a mais agradável da nossa grande viagem deste ano.
Foi o primeiro país da Ásia em que podiamos ter longas conversas em inglês com os locais, podendo desta forma satisfazer todas as nossas dúvidas e curiosidades, não tivesse sido a Malásia uma colónia inglesa até 1957.
Kuala Lumpur, a sua capital, é uma cidade de contrastes, a pobreza que nunca tinhamos visto tão visível na Ásia, especialmente de noite e madrugada, convive lado a lado com gigantes e modernos centros comerciais e arranha céus.
É uma capital barata, multicultural e com imenso para ver e descobrir. Teremos que voltar, já que o nosso plano ficou a meio 🙂
Depois de conhecermos a capital inicialmente pensámos em fazer 2 noites nas Perhentian, 2 em Redang e 2 em Tioman mas achámos que como na Tailandia eram muitas voltas para os meninos, optámos antes só pelas Perhentian e mais tarde incluímos a ilha de Lang Tengah.
Quando pensamos na Malásia o nosso pensamento voa de imediato para as ilhas Perhentian, duas ilhas paradisíacas no nordeste da Malásia.
Para quem leu as “cartas para a minha mãe” julgo que pode sentir os dias mágicos que vivemos na nossa cabana na Perhentian Kecil e mais tarde na Perhentian Besar.
Com praias de cortar a respiração, de água morna e calma, com uma fauna marinha das mais fantásticas que vimos até agora, tubarões, tartarugas e peixes de todas as cores, de todos os tamanhos e feitios.
Fechámos a Malásia com a ilha praticamente deserta de Lang Tengah, vizinha da ilha maior e mais conhecida Redang. O mar era tão azul e transparente que é impossível traduzir para palavras…fechámos então com chave de ouro a visita a este fantástico país.
Aqui vão algumas dicas, que poderão ser úteis, caso estejam a pensar descobrir a Malásia
Kuala Lumpur
– Moeda: Ringgit Malaio, com um câmbio actual onde 1 Ringgit equivale de 0.22Eur. Basicamente o que fazia para simplicar a coisa era pensar que o nosso preço era cerca de 1/4 daquilo que estava marcado na moeda malaia.
– Voltagem: É necessário levar um adaptador. Nós optávamos por colocar o powerbank todos os dias a carregar e deste modo tínhamos sempre bateria garantida para todos os aparelhos.
– Cartão SIM: Comprámos no aeroporto de KL já depois de passar a alfândega, na operadora Celcom que nos disseram que era a melhor. Dica: comprar sempre depois do controlo de entrada alfandegário, que é mais barato.
– Transfer para o hotel: Optámos pela opção mais prática que foi de táxi, não sendo muito caro, cerca de 10€ e 30/45min de caminho já que não havia trânsito.
– Meio de transporte na cidade: Grab sempre, prático, rápido e barato 🙂
– Onde ficar: Nós optámos por ficar as 2 noites que íamos ficar em Kuala Lumpur no Regalia Suites Residencial com pequeno almoço incluído, com uma piscina rooftop fantástica com vista para as Petronas Tower.
Não iremos repetir quando regressámos a KL essencialmente pelo fraco serviço, mas pelo preço também não podíamos exigir muito ( 37Eur a noite). Para a próxima ficaremos numa zona mais central, já que a oferta é imensa na cidade e o difícil é mesmo escolher.
– O que fazer/visitar: Tínhamos um programa de festas demasiado ambicioso e não conseguimos fazer tudo o que tínhamos planeado. Vamos referir o que visitámos e depois o que ficou por fazer 🙂
O que visitámos: Batu Caves, que é absolutamente imperdível pela beleza, simbolismo e grandiosidade. O Thean Hou Temple, um templo chinês lindíssimo na parte sul da cidade. O mercado em Petaling street e o Central Market. A KL Tower onde podemos ver uma fantástica vista sobre a cidade e onde o skybox é o ex-líbris, com a sua caixa transparente e vertiginosa sobre a cidade. Dica importante: nós fomos no final do dia mas se puderem vão cedo porque após a fila inicial para entrar apanhámos uma outra de cerca de 2hrs para entrar na skybox individualmente com cerca de 2 horas de fila. A nossa sorte foi que um casal desistiu e apenas esperámos 30 min 🙂
Seguimos para o Selfie Museum, uma exposicao temporária no centro comercial Fahrenheit 88 na zona de Bukit Bintang.
Encerrámos a visita a KL com o espectáculo nocturno, no parque KLCC, com vista para o cartão postal da cidade, as Petronas Tower 🙂
O que estava previsto visitar mas não conseguimos: O jardim botânico onde tem o Bird Park e o Butterfly Park. A Little India. Passear no KL Forest Eco Park onde fomos à KL tower. A mesquita federal e as ruas coloridas com street art na zona de Bukit Bintang.
Sendo que o que não falta são coisas para visitar e descobrir em KL. Basicamente quando voltarmos vamos fazer o que ainda não foi feito, como diz a música 🙂
– O que comer: Infelizmente não temos muito para falar nesta matéria em KL porque não fiz o trabalho de pesquisa convenientemente, foi basicamente fast food, principalmente o ChickenTexas que ficámos fãs e o Subway, a cozinha malaia iríamos conhecer na sua plenitude mais tarde na nossa viagem 🙂
Perhentian Kecil
– Como chegar: Para chegar às ilhas optámos pela forma mais rápida, que foi ir de avião de Kuala Lumpur para Kota Bharu, apanhámos um grab para o porto de Besut e aí um speed boat até Perhentian Kecil. Este transfer tratámos directamente com o hotel.
Poderão optar pela forma mais económica mas também a mais longa que é camioneta directamente de KL.
– Onde ficar: Estivemos praticamente a deixar cair a Kecil porque não encontrávamos nada do nosso agrado nos sites de reserva habituais.
Até que encontrámos este filme, https://www.youtube.com/watch?v=ScPTUIJwdcU, e dissemos: é mesmo isto, temos de conseguir ficar aqui! E ficámos então 3 dias no Keranji Beach Resort, na lindíssima praia de Mira Beach.
Tratámos de tudo através do site deles e pagamento através do Paypal, tudo 5estrelas!
Ficámos em 2 cabanas em cima da praia, tudo muito limpo, sem qualquer luxo, uma cama com rede mosquiteira, wc e chuveiro sem água quente e está feito!
Para quem foi acompanhando as nossas cartas diárias certamente não pôde deixar de reparar nos dias fantásticos que aqui passámos e o quão mágico é este local.
Gostámos tanto que estamos seriamente a pensar voltar lá no próximo ano 🙂
Várias pessoas nos perguntaram o preço das cabanas, sendo que para as 2 cabanas (somos 4 pessoas) ficou um preço por noite de 75€.
– Onde comer: O Keranji tem um restaurante com comida maravilhosa, onde iamos sempre comer pequeno almoço, almoço e jantar. Finalmente pudemos descobrir a deliciosa comida Malaia e não houve um prato que não fosse delicioso. P.ex. malasyan fried rice, gulai lemak, sweet and sour fish, seafood gambal.
Pagámos tudo através de paypal no final da estadia ( podem fazer em cash claro) e ao final dos 3 dias todas as refeições ficaram por 150Eur, uma pechincha portanto tendo em conta que estávamos numa ilha e sendo a comida deliciosa. E o mais importante: não houve uma dor de barriga 🙂
– Como deslocar entre praias/ilhas/tours: No Keranji Resort conhecemos um boatman, com quem fizemos uma tour de meio dia que passou pelo fish point, shark point, turtle point e praias lindas tanto na Kecil como na Besar.
Existem diversos barcos que te levam para a praia que queres e normalmente têm um preço tabelado.
– O que não podem esquecer: Muito protector solar e chapéu, aqui o sol queima a sério! Muito mas muito repelente, porque afinal estamos no meio da floresta e bicharada é o que não falta. No entanto, por mais repelente que tivessemos posto não nos safámos de algumas picadas, somos muito doces 🙂
Também não se podem esquecer de levar a máscara e tubo de snorkeling, para apreciarem quando quiserem esta mágnifica fauna marinha e não se assustem com os tubarões porque são eles que têm medo de nós 🙂
A última dica e a principal é deixarem as frescuras para trás, como dizem os brasileiros, porque aqui somos só nós e a natureza, as infraestruturas são mínimas mas suficientes. E prepararem-se para passar uns dias inesquecíveis longe da civilização 🙂
Perhentian Besar
– Como chegar: Tendo em conta que estávamos na vizinha Kecil, em 5/10 min de speed boat nos pusemos no pier mais próximo do nosso hotel.
– Onde ficar: Ficámos no The Barat Beach Resort e gostámos bastante, quartos simples e um serviço excelente. Mas onde queriamos mesmo ficar na ilha era no Perhentian Island Resort (PIR), pelo facto de ficar em frente a uma das nossas praias preferida na ilha, mas infelizmente estava tudo esgotado. A noite no The Barat ficou-nos por cerca de 70Eur.
Se não conseguirem encontrar reserva no PIR fiquem no the Barat que também é uma boa opcão e mais em conta.
– Onde comer: Durante os dias que estivemos em Besar comemos em 4 sítios diferentes, no Mama´s Restaurant, Belinda Cafe, no Bar/Restaurante do PIR e no nosso The Barat Restaurant. E o melhor, sem sombra de dúvida, foi mesmo no The Barat, onde comemos por várias vezes e a comida é muito bem confeccionada e saborosa.
– Como deslocar entre praias/ilhas/tours: Tendo em conta que não ficámos fãs da praia em frente ao The Barat optámos quase sempre por ir passar o dia à praia PIR, em frente ao Resort com o mesmo nome, a apenas 5/10 min a pé do nosso hotel.
Outro dia fomos de speed boat para a Turtle Beach, uma praia sem qualquer infraestrutura e onde nidificam as tartarugas.
Estava previsto ainda irmos um dia fazer uma tour para a Rawa Island mas estava-se tão bem na PIR beach que optámos por não ir, ficará para uma próxima, temos sempre que ter uma desculpa para voltar 🙂
As suas praias de água morna, de mar transparente e azul, onde passávamos horas a ver os peixinhos ficarão para sempre nos nossos corações 🙂 Foram sem dúvida as praias mais fantásticas onde alguma vez já estivemos!
Lang Tengah
– Como chegar: Partindo via speed boat da Perhentian Besar e comprando os bilhetes no Mama´s Chalet (cerca de 100Eur para 2 adultos e 2 crianças) chegámos em cerca de 30min a Lang Tengah numa viagem bem emocionante 🙂
– Onde ficar: As opções de alojamento nesta pequena ilha não são muitas, apenas existem 3 resorts e tendo em conta que resolvemos incluir Lang Tengah no nosso roteiro apenas a 2 meses de partirmos, só conseguimos encontrar alojamento no Sari Pacifica Resort.
As condições de alojamento eram excelentes, com piscina e principalmente sob uma praia linda de cortar a respiração!
– Onde comer: Tendo em conta que apenas iríamos ficar dois dias na ilha, acabámos por comer sempre no hotel e este é realmente o ponto mais fraco. Comida muito sofrível, ainda mais porque estávamos habituados a uma cozinha excelente nas Perhentian.
No entanto já nos disseram que no Resort ao lado, no Summer Bay Resort a comida é bem melhor 🙂
– O que fazer: Tal como nas Perhentian fazer snorkeling é sempre uma fantástica maneira de passar o tempo, nestas águas mornas e calmas.
Quem quiser obter o curso PADI de mergulho também pode fazê-lo aqui e fazer mergulho em alto mar.
Na ilha existe um projecto de conservação que é o Lang Tengah turtle watch, onde é monotorizada a chegada das tartarugas à costa e são protegidos os seus ovos dos mais variados predadores. Se passarem pela ilha quando as tartaruguinhas estiverem a nascer deve ser um espectáculo inesquecível, infelizmente não tivemos essa sorte 🙂
Entre as ilhas mais conhecidas de Perhentian e Redang, Lang Tengah é um verdadeiro paraíso na terra ainda por descobrir 🙂
Kuala Lumpur

Perhentian Islands
Lang Tengah