Escrevemos directamente da Indonésia, mais concretamente da pequena ilha de Ceningan, que fica entre a Lembongan e a Penida.
Aqui o tempo passa devagar e temos tempo para relembrar a nossa interacção com os elefantes no norte da Tailândia.
Deixámos para trás Chiang Mai mas levamo-la definitivamente no nosso lado esquerdo do peito 🙂
Os três dias que por lá passámos foram longos, intensos, recheados de novas experiências, cheiros e sabores mas houve uma experiência que nunca iremos esquecer, a visita ao Elephant Rescue Park.
Aquando da nossa última visita à Tailândia, no ano passado, recusámo-nos sempre a passear em cima de elefantes, com aquelas cadeiras pesadíssimas que a acrescer ao peso de uma ou duas pessoas deformam definitivamente a espinha dorsal destes animais, que são o postal da terra dos sorrisos.
Este ano iríamos começar a nossa grande viagem pelo Sudeste Asiático em Chiang Mai e após algumas pesquisas sobre os melhores e verdadeiros parques que resgatam elefantes vítimas de maus tratos, decidimos escolher o elephant rescue park.
À hora combinada lá estava a van para nos buscar ao hotel e pouco mais de uma hora depois chegámos ao parque que fica a cerca de 60 km a norte do centro de Chiang Mai.
O nosso guia explicou-nos o propósito do parque, compram elefantes a circos, elefantes que executam trabalhos pesados, que são mal tratados e ainda aqueles que sofreram acidentes. Podem custar pelo menos um milhão de baths, cerca de 26 mil euros!
Falaram-nos um pouco sobre a diferença entre os elefantes africanos e asiáticos, e sobre algumas das suas características, como por exemplo, o facto de verem mal, de só conseguirem distinguir 3 cores (vermelho, verde e azul) e conseguirem sugar das suas trombas 10 litros de água de uma só vez!
Depois deste briefing, iria finalmente começar o passeio. Mudámos de roupa para uns uniformes todos catitas do parque, vermelhos exactamente para que os elefantes nos pudessem identificar melhor.
De seguida, lançámo-nos à estrada pois era tempo de alimentar os seis elefantes que vivem no parque.
Ensinaram-nos inicialmente como fazer, segurar as bananas de forma a ser fácil os elefantes pegarem com a tromba para levarem à boca, e como também podiamos colocar nas suas bocas mas nunca atirando a banana. Se porventura atirarmos, assim que eles tiverem oportunidade atiram-nos algo a nós como retribuição 😁
A Marta inicialmente estava um pouco receosa, jà que são animais com um porte que mete algum respeito, mas rapidamente perdeu o medo e fomos dando imensas bananas aos ávidos elefantes! Ficàmos simplesmente encantados com aqueles grandiosos mas calmos animais, acho que está à vista pelas nossas expressões que esta experiência estava a ser simplesmente incrível.
Já de barriguinha cheia levámos os elefantes a passear, era tempo de esticarem as pernas, esfregarem-se na terra e brincar. Fomos caminhando ao seu lado e foi divertido ver como se comportam no seu ambiente natural.
Cada elefante tem o seu próprio tratador que cuida dele e está com ele em todas as ocasiões. Nós eramos apenas uns alegres espectadores 🙂
Caminhámos pela floresta, por caminhos sinuosos e lamacentos, debaixo de um sol abrasador, mas sentiamo-nos felizes por estarmos em contacto com a natureza e com estas criaturas únicas.
Para terminar, era tempo de uma banhoca. Primeiro os tratadores levaram-nos a um lago e depois era a nossa vez de por mãos à obra, deram-nos uma escova e um alguidar e indicações para esfregar vigorosamente e mandar-lhes água para cima com força e retirar toda a sujidade. Entrámos ainda de uniforme e galochas e a sensação foi indescritível, estar a viver aquele momento, lado a lado com aqueles animais gigantes.
Não foram só os elefantes que tomaram banho, nós saímos completamente encharcados mas com aquele calor era perfeito! Foi portanto um final em grande!
Despedimo-nos dos elefantes e vê-los afastar foi um misto de alegria e tristeza, tinhamos acabado de viver um momento emocionante e que jamais iríamos esquecer.
Era tempo de tomar duche e claro almoçar, porque tanto exercício abriu-nos obviamente muito o apetite 🙂
O cardápio consistiu em pad thai de frango, galinha com uma mistura de legumes (nosso preferido), omolete e o inevitável arroz branco. Para finalizar ananás e melancia. Como duas pessoas faltaram tivemos que fazer o enorme esforço de comer a parte deles 😛
Hora de voltar, em pouco mais de uma hora estávamos de regresso a Chiang Mai e no final da tarde e noite teríamos um novo programa de festas: uma Thai Cooking Class 🙂