Mainz

Num início de domingo gélido, em vésperas de natal, estávamos num comboio que nos levaria à cidade de Mainz.

Tinhamos escolhido Frankfurt, como base da nossa viagem desse fim de semana, tendo como grande objectivo conhecer o famoso mercado de Natal da cidade.

Esta visita a Mainz, que dista cerca de 40 km de Frankfurt deveu-se essencialmente a um motivo gastronómico, no entanto as mais agradáveis surpresas são aquelas em que depositamos menos expectativas, como tinha acontecido na nossa visita do ano transacto ao mercado de Natal em Bruxelas.

Antes das 9h da manhã já tínhamos chegado à cidade de Gutemberg, o pai da primeira bíblia impressa.

 Tendo em conta que era a primeira vez que estávamos em terras germânicas ainda nos estávamos a ambientar aquele frio gélido, aquele que entra até aos ossos! 🙂

Ao contrário de Frankfurt, Mainz é um pequeno vilarejo onde ainda não se sente o turismo. Pudémos verificar o começo do dia dos locais, ou a fazer compras nas feiras de frutas e verduras nas suas barraquinhas de madeira típicas ora a comer logo pela matina, pequenos e graúdos, as enormes salsichas típicas alemãs.

Aqui o tempo passa devagar ao contrário das grandes cidades.

Na zona histórica podemos contemplar aquela Alemanha medieval dos postais, com as suas casas típicas de madeira, ruas estreitas, tudo com muito charme e que nos conquistou, principalmente na zona da praça de Markt e Kirschgarten.

 

Descobrimos os diversos locais na cidade onde o mercado de natal se realiza e que horas mais tarde ia ganhar luz, cor e cheiro 🙂

Visitámos a igreja de St Augustine, uma igreja lindíssima e do topo da cidade pudemos ter uma magnífica vista sobre a mesma.

Continuámos pelo, talvez, monumento mais emblemático da cidade, a sua Catedral, que já tem mais de 1000 anos e que já passou por alguns incêndios e guerras.

 

É belíssima, imponente e o seu exterior parece saído de um conto de fadas da disney🙂

Antes do almoço ainda tivemos tempo de ir espreitar outra igreja, a Stephanskirche, ou também conhecida pela igreja azul devido aos seus famosos vitrais de Marc Chagall.

Além da beleza, todas as igrejas têm um ponto comum, todas são  bem quentinhas, que com aquele gelo lá fora nem sabem o quão importante é  🙂

O estômago já fraquejava e chegara o momento de fazer o que nos tinha trazido inicialmente para Mainz, ie almoçar ao Eisgrub Braw.

Um restaurante bar onde os locais e estudantes se reúnem para beber a cerveja que ali se produz. Para atestar a sua fama decidimos matar a sede pedindo uma régua, 1 metro de várias cervejas produzidas pela cervejeira e eram todas realmente deliciosas.

A Marta optou por um bifinho de vaca com molho de cogumelos e eu por um joelho de porco com chucrute, que só de pensar me faz querer apanhar já o avião. Não estava bom, estava delicioso e ainda hoje me lembro do som crocante da sua pele… Yumiii!

Já a rebolar, depois de tanto comer e beber, ainda houve espaço para um tiramisu e desta forma acabámos o banquete em grande! 🙂

Estava tudo fantástico e voltaríamos a Mainz, mais que não fosse para voltar a esta cervejaria.

Para desmoer o almoço e já com os mercados de natal em plena alegria fomos sentir o espírito natalício de um verdadeiro mercado alemão e realmente é diferente, para melhor, do que qualquer mercado que já tinhamos ido anteriormente🙂

 E para tornar tudo ainda mais mágico começou a nevar e foi com esta imagem idílica que nos despedimos  de Mainz, qual postal de natal.

A verdade é que a cidade nos ofereceu muito mais do que aquilo que esperávamos e um dia certamente iremos voltar 🙂