Após um dia e uma noite de descanso no Phi Phi Cliff Beach Resort, já estávamos com as pilhas carregadas para mais uma excursão, desta vez uma oferta do hotel que iremos contar com mais detalhe no nosso próximo e derradeiro post sobre as Phi Phi. Como a cavalo dado não se olha ao dente lá fomos nós!
A lancha do hotel levou-nos até ao lado oposto da baía de Phi Phi Don, local de partida da nossa excursão de um dia inteiro. Referiram-nos lá que apesar do passeio U Rip Tour nos ter sido oferecido, teríamos que pagar a taxa do parque natural, porque iríamos visitar a Bamboo Island e Maya Bay. Sendo assim lá se ia a gratuitidade do passeio, além de só termos Baths para um de nós. Mas tendo em conta que a excursão era do mesmo grupo do nosso hotel, logo pagaríamos a posteriori.
Resolvido este pequeno contratempo começámos o nosso passeio exactamente no mesmo sítio que tinha terminado o passeio anterior, ie, na Monkey Island.
Quem já leu o nosso post anterior, Maya Bay Sleep Aboard, devem imaginar que este local não nos trazia propriamente as melhores recordações, tanto que a Marta ficou no barco e eu lá fui ver os macacos, desta vez in loco, sendo que desta vez foi tudo bem tranquilo e sem sobressaltos 🙂
Seguimos para o Shark Point que, tal como o nome indica, costuma ser local de passagem de adoráveis tubarões, para fazer snorkeling e temos a dizer que neste passeio fizemos o mais fantástico snorkeling da nossa viagem à Tailândia. Só pela quantidade e diversidade de peixinhos e fauna marinha, valeu a pena!
Passámos de seguida ao largo do Village Beach Resort que nos iria acolher no dia seguinte e fomos para a Bamboo Island, o principal motivo de querermos fazer esta excursão, onde ficámos cerca de uma hora e meia. É uma daquelas praias paradisíacas de água morna e translúcida onde o tempo pára e tu desejas ficar lá para sempre 🙂 Linda!
Regressámos ao barco para o nosso almoço e parámos ainda em três locais para snorkeling antes de seguirmos para Phi Phi Lee onde mora a famosa Maya Bay.
Desta vez o mar estava muito picado e não podíamos entrar pela baía, teríamos que ir pelas “traseiras”, ie, vamos a nado até uma espécie de escadas de cordas que temos de trepar. A maior dificuldade não é trepar mas sim chegar até às cordas com os ossinhos todos no sítio devido à forte ondulação contra as muitas rochas existentes.
A entrada por este lado da ilha é bastante mais bonita, bem mais emocionante do que a que fizemos pelo lado da baía, aqui recordamo-nos da entrada que o Di Caprio faz vindo da intensa vegetação e de repente vê-se aquela praia e baía lindíssima.
Como neste dia a água estava bem mais limpa, devido ao facto da maioria dos barcos não entrarem na baía, à excepção de meia dúzia de lanchas, aproveitei bem mais a praia do que da última vez que tínhamos lá estado.
Tendo em conta que a Marta tinha ficado no barco, decidi fazer rapidamente o caminho de volta, descer as cordas e regressar ao barco. E o barco? Nem vê-lo!
Subi novamente as cordas, engraçado como da 1ª foi tão fácil a escalada e desta vez já foi bem mais díficil 🙂 e fui falar com alguns dos nossos companheiros de excursão que ainda estavam na praia, para confirmar onde tinha sido o local combinado para o tail boat nos ir buscar e efectivamente seria no mesmo sítio…pensei que teria ido muito cedo e fiquei a recuperar forças nas tépidas águas da Maya Bay 🙂
Desta vez acompanhado por duas bifas do nosso passeio lá fomos nós outra vez procurar o nosso barco e uma vez mais…NA-DA! Agora já começava a ficar preocupado, não por mim, porque haveria de arranjar alguma forma de sair da ilhas mas sim pela Marta, onde andaria ela?
Pela 3ª vez escalei as cordas e desta vez pareceu um prédio de 9 andares, bem durinho, cheguei quase KO, com pés e pernas queimados pelas cordas! Fomos verificar se o tail boat não teria ido para a baía mas nada..agora já com o grupo completo , éramos cerca de 10 e desta vez lá estava o barco, qual oásis no deserto! 🙂
Quando eu pensava que tinha uma saga para contar à Marta, ela contou-me a sua aventura no long tail ao largo da Maya Bay contra as ondas e o medo do barco se virar quando se lembraram de nos ir tentar buscar à baía, conseguiram chegar é certo mas a Marta ia morrendo de coração.. e com isto tudo andámos desencontrados mas felizmente acabou tudo em bem 🙂
Para relaxar depois de tanto exercício físico o melhor spot foi decididamente a lindíssima e calma Blue Lagoon, óptimo para descer os níveis de stress 🙂
Passámos pela Viking Cave, assistimos ao pôr do sol no barco à saída das Phi Phi Lee e chegámos já era lusco fusco ao nosso ponto de partida.
Desta vez tivemos que fazer o caminho a pé até ao hotel, cerca de 30 min, e escoltados qual bandidos por um rapaz da excursão para lhe darmos os restantes 400 baths da taxa turística.
No nosso trajecto até ao hotel ficámos a saber que mensalmente ganhava 200€, trabalhando todos os dias de sol a sol. Não tinha um vida fácil, no entanto ninguém diria pela alegria e boa disposição que revelava. Aliás uma característica comum em todo o povo Tailandês. Só prova mais uma vez que a felicidade está em ti e não directamente correlacionada com a quantidade de coisas que detemos.
Apesar do stress inicial com a questão da taxa turística que não nos foi referido, que iríamos resolver no dia seguinte, e da má comunicação para o tail boat nos ir buscar a Maya Bay, recomendamos definitivamente esta excursão! Locais espantosos que nos levaram para fazer snorkeling, visitar a Bamboo Island que é daquelas ilhas de cartão postal, a lindíssima Lagoa Azul e a sempre imperdível Maya Bay com o fantástico Sunset ao seu largo 🙂